terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sensatez

É difícil escrever quando você se sente completamente perdido diante de um bando de sentimentos loucos que insistem em afetar seu coração. Ontem eu sabia que algo iria acontecer, há uma coisa em mim que me deixa admirada, o meu sexto sentido. Já previ e senti de uma forma clara quando algo não daria certo. Esse algo, como de costume, tinha relações fortes com você. A gente tava bem demais, não é verdade? Você precisava mais uma vez me fazer chorar, fazer com que eu me pergunte a noite toda o porquê de eu ser tão idiota além de ser cega. O amor que eu sinto por você me cegou. Mas a fresta que se chama desgosto abriu um pouco dos meus olhos fazendo com que eu enxergue a luz que se chama insegurança, ou medo, ou sensatez. Ou o que eu quiser que ela se chame. Me cansei de ser a garota perfeita pra você, pra minha família, para os meus amigos. Cansei, eu desencantei. Me humanizei, hoje, creio que cresci mais um bom tanto. O suficiente pra amarrar meus próprios sapatos e seguir pra onde eu quiser. Hoje, inseri no meu coração algo que eu não sei o nome, mas que as pessoas normais têm. Eu nunca errei, como pode? Principalmente com você, nunca errei. Acho que por isso todas as pessoas ao meu redor me rotulam, vezes bem, vezes mal. Vou começar a chamar esse meu novo sentimento de 'sensatez-para-comigo-mesma'
Esse texto ficou horrível, porém, sou humana e tenho o direito de errar.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Transformar em luz

Parece que quanto mais a vida anda difícil, são colocadas barreiras ainda maiores e aparecem obstáculos para tornar a subida ainda mais íngreme. Eu sei que não posso exigir que a vida seja sempre doce pra mim, afinal ela foi doce por tempo demais. Eu não tinha problemas há tempos atrás e isso é verdade. Sempre tive tudo que quis, nunca precisei estudar para fazer provas, nunca ouvi um não, nunca gritaram comigo, nunca me deixaram sozinha. Até que um dia quem gritou comigo foi a minha vida. Ela disse agressivamente: "Ei menina, acorde já! Cresça!". No começo foi muito difícil pra mim, eu chorei muitas vezes e ainda choro, porque a vida ainda não parou de me dar broncas. Eu precisei lidar com a minha maturidade, aprendi a ouvir não, aprendi que não vou ter tudo a hora que eu quiser, aprendi que as pessoas são diferentes de mim, aprendi que se gritarem comigo ou me deixarem sozinha vou precisar levantar minha cabeça e continuar a caminhar. Afinal a vida é feita de caminhos invisíveis. Eu também aprendi isso depois que passei a escolher meus próprios rumos. A gente não tem um caminho só, temos vários e estamos sempre os escolhendo. Cada atitude que tomamos, cada palavra que dizemos, cada pequeno gesto é um caminho diferente. E não termina por aí, dentro desses caminhos há ainda mais bifurcações que nos levam à outros caminhos e assim será até o fim de nossas vidas, quando enfim mortos, não teremos mais caminhos a escolher.
Pra ser sincera, não achava que vida tinha sido muito justa pra mim. Antes ela nunca tinha me jogado no chão, me feito pular alguns pequenos buracos, nem ao menos me fez tropeçar e, de uma hora para outra, me põe em frente de um precipício. Daí eu percebi que eu precisava de tudo e que, infelizmente, eu ainda preciso passar por dificuldades. Todos precisamos. E sabe o que eu aprendi de mais importante? Crescer é preciso. Outro aprendizado importante é que saber transformar espinhos em rosas e escuridão em luz é difícil, mas não impossível. Eu escrevi isso hoje porque me deparei com a frase: "DEIXA DEUS FAZER O MELHOR.. AINDA QUE EU NÃO ENTENDA."
Talvez seja isso, eu apenas não esteja entendendo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

chame do jeito que você quiser..

Eu estou escrevendo aqui hoje por medo. Não por vontade própria ou por inspiração repentina. Foi por medo. Um dos meus muitos medos. Um dos meus maiores medos. O medo de perder você. Medo que ela seja melhor que eu com palavras. Medo de ela te completar melhor, de ter mais compatibilidade musical. Medo de ela ser uma versão minha com menos medo. De uns tempos pra cá passei a observá-la. Não fisicamente ou em geral, mas seus detalhes. Não sei se isso é bom ou ruim, mas como somos parecidas nos detalhes. Ela talvez seja uma versão minha menos extrema. Uma versão minha mais corajosa e com os cabelos mais curtos. Ela parece não ter medo de muita coisa, diferente de mim. Só sei que eu não tenho medo de sentir medo, eu tenho a coragem de dizer que tenho medo de perder você. Terminarei hoje citando algo que tenha relação com nossa compatibilidade musical, o trecho da música 'sem problema' dos engenheiros do hawaii: "CHAME DO JEITO QUE VOCÊ QUISER, MEDO, CORAGEM OU AMOR."